Compromisso da CDU<br> é com o povo e o País
Jerónimo de Sousa rumou ao Alentejo no domingo, 11, participando em duas grandes iniciativas: um almoço em Grândola e um comício em Évora.
Só com a luta se defenderá a contratação colectiva
No dia em que o primeiro candidato da Coligação PCP-PEV andou pelo Norte do País, Jerónimo de Sousa esteve no Alentejo, mais precisamente em dois municípios, Grândola e Évora, cuja maioria a CDU recuperou nas eleições autárquicas de Setembro passado, depois de vários anos de gestão do PS. Este factor certamente ajudará a explicar a recepção especialmente emotiva que o Secretário-geral do Partido recebeu nas duas localidades.
Nas suas intervenções, Jerónimo de Sousa começou por adiantar as razões pelas quais os trabalhadores, os jovens, as mulheres, os reformados, os pequenos e médios empresários e agricultores devem votar na CDU no próximo dia 25: em primeiro lugar, para eleger deputados portugueses no Parlamento Europeu comprometidos com a defesa do povo e do País – e não, como os eleitos do PS, PSD e CDS, submissos às imposições das grandes potências e dos grupos económicos da União Europeia; e, em segundo lugar, para «dar um empurrão para fora a este Governo e a esta política».
O dirigente comunista rejeitou, depois, a ideia veiculada pelo Governo de que Portugal terá uma «saída limpa» do programa da troika, garantindo que não há saída nem esta será «limpa». Como poderia sê-lo, se três anos de pacto de agressão deixam atrás de si a destruição de 300 mil postos de trabalho, 2,5 milhões de portugueses no limiar da pobreza (mais meio milhão do que em 2011) ou o desmantelamento e encerramento de importantes serviços públicos e funções sociais do Estado? Quanto ao problema da dívida, que justificou o recurso à troika, não só não se resolveu como esta aumentou 51 mil milhões de euros neste período.
Quem manda em Portugal?
As declarações do primeiro-ministro relativas às críticas do FMI ao Tribunal Constitucional mereceram do Secretário-geral do PCP a seguinte pergunta: «afinal, quem manda no País? O FMI e os seus interesses ou a Constituição da República e o povo português?»
Já no que respeita à nova ofensiva em curso contra a contratação colectiva, Jerónimo de Sousa afirmou que o Tribunal Constitucional deve pronunciar-se sobre esta matéria, mas considerou que será a luta dos trabalhadores a determinar o futuro. Aliás, lembrou, não foi nenhum ministro ou deputado a «oferecer» a contratação colectiva aos trabalhadores. Foram estes, com a sua luta, que a conquistaram. O voto na CDU no dia 25 de Maio será também um acto de luta em defesa dos direitos, acrescentou.
No comício de Évora, num teatro Garcia de Resende à pinha, intervieram também o mandatário regional da CDU, António Jara, e o candidato do distrito, João Lopes. Este último lembrou as responsabilidades do PS na situação que se vive hoje no Alentejo, desde a destruição da Reforma Agrária, de que esse partido foi o protagonista principal, à recusa das autarquias por ele dirigidas em aplicar a opção gestionária e as demoras em assinar os ACEEP que permitiriam o regresso ao horário de 35 horas.
Nos distritos de Porto e de Leiria
Castigar a política de direita
Seguiu-se um almoço-convívio em Parada de Todeia, Paredes, onde o também deputado no PE salientou que a lista da CDU é de «denúncia e de protesto», mas também de «proposta», que «abre caminho e esperança num futuro melhor».Depois de uma sessão no Auditório da Escola Profissional de Gondomar, em São Pedro da Cova, João Ferreira participou ainda numa acção de rua em Vila Nova de Gaia.No mesmo dia, Inês Zuber percorreu o distrito de Leiria, tendo participado em acções de contacto no Mercado Santana (Caldas da Rainha), na Praia da Vieira (Marinha Grande) e na Feira de Maio (Leiria).